PC prende investigados por extorsão e tentativa de homicídio contra comerciantes em FW

A investigação teve início a partir de um atentado ocorrido em 13 de maio deste ano, em um estabelecimento comercial localizado às margens da BR-386

A Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, por intermédio da Delegacia de Polícia de Frederico Westphalen, com o apoio da Brigada Militar, deflagrou na manhã desta quarta-feira, 11 de junho de 2025, a OPERAÇÃO LINHA DE FRENTE, que resultou na prisão preventiva de dois indivíduos investigados por envolvimento em extorsões e tentativa de homicídio contra comerciantes do município. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos dos alvos, resultando na apreensão de objetos relacionados às práticas delitivas.

A investigação teve início a partir de um atentado ocorrido em 13 de maio deste ano, em um estabelecimento comercial localizado às margens da BR-386. Na ocasião, dois indivíduos tripulando uma motocicleta adentraram o local e efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra as vítimas, uma das quais foi ferida no pé esquerdo. Apurou-se que a tentativa de homicídio foi motivada pela negativa do comerciante em pagar valores extorsivos exigidos sob ameaça de represálias.

Durante o curso da investigação, foram reunidos depoimentos, registros médicos, imagens de videomonitoramento, informações obtidas mediante autorização judicial e relatórios técnicos do Setor de Investigação da Delegacia. Um dos alvos encontrava-se em cumprimento de pena no regime semiaberto, com monitoramento por tornozeleira eletrônica, e outro cumpre pena na Penitenciária Estadual de Santa Maria.

A investigação apurou ainda que outras comerciantes locais vinham sendo sistematicamente ameaçados com exigências de pagamentos regulares de valores em dinheiro, sob pena de represálias e ataques. As ameaças, que geraram temor e insegurança na comunidade, partiram de integrantes da organização criminosa que atua nesta cidade e foram executadas com o objetivo de estabelecer um controle territorial baseado na intimidação e no medo. Muitos comerciantes, por receio de represálias, optaram por não registrar formalmente os fatos, circunstância que exigiu atuação proativa da Polícia Civil na coleta de provas e no aprofundamento das investigações.

Segundo o Delegado de Polícia Jacson Oiliam Boni, responsável pelo inquérito: “Casos como este não serão tolerados em nossa cidade. A Polícia Civil empregará todos os meios legais disponíveis para apurar com rigor esse tipo de conduta criminosa, garantindo que os responsáveis sejam identificados, presos e responsabilizados. É fundamental que os comerciantes e cidadãos confiem nas instituições e busquem a Polícia Civil para registrar os fatos, contribuindo para a repressão efetiva dessas práticas”.

As investigações seguem em andamento com o objetivo de identificar outros possíveis envolvidos e aprofundar a apuração sobre a atuação criminosa na região.